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Roberto Fantinel festeja o que fez em 14 meses na Assembleia

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Foto: Divulgação 

Até o final de março, Roberto Fantinel (MDB), suplente que virou deputado estadual, estará na Assembleia. Aí, com a volta dos titulares hoje no Executivo, embarca na campanha eleitoral que poderá lhe dar mandato inteiro, e não 14 meses de interinidade. Que, porém, segundo ele, foram bastante produtivos. É o que conta nessa entrevista. Confira:

Claudemir Pereira - É possível fazer um balanço do que tem sido a experiência como deputado estadual, desde janeiro do ano passado?
Roberto Fantinel -
Foi um ano de muito trabalho, e graças a Deus, muito resultado! Dou como exemplo as articulações que resultaram nos maiores investimentos das últimas décadas para a região centro em áreas como novos acessos asfálticos, avanços na rede de atenção à saúde, apoio ao agro, modernização da educação pública, segurança e investimentos no turismo. Do meu jeito, simples, sempre dialogando com todos, fui construindo um espaço que me garantiu respeito e autonomia.

CP - Qual a principal ação feita no período, e que pode gerar impacto futuro?
Fantinel -
A principal foi o diálogo e o comprometimento com a resolução dos problemas junto com o Governo que resultou em um dos maiores investimentos na área de infraestrutura para a região, tirando do papel obras importantíssimas como a pavimentação da ERS-516 (Martinho da Serra/Santa Maria), ERS-348 (São João do Polêsine acesso a Ivorá ligação Faxinal do Soturno), ERS-149 (Nova Palma acesso a Pinhal Grande) somado a outros anúncios que ainda devem ser concretizados.

CP - O que o deputado projeta para os próximos 45 dias ainda no parlamento?
Fantinel -
Pretendo seguir focado nas minhas principais áreas de atuação (Agropecuária; Desenvolvimento Regional; Modernização do Estado; Combater as Desigualdades Sociais). Ainda tenho o propósito de continuar articulando com o governo, para que sigamos avançando em projetos prioritários para gerarmos desenvolvimento econômico e social. Temos pautas como a estiagem que precisam ser debatidas para construirmos uma política pública permanente de irrigação e terá nossa atenção nesse próximo período.

CP - Como projeta a campanha eleitoral, levando em consideração, também, uma candidatura majoritária do MDB?
Fantinel - Quero seguir construindo um Rio Grande de oportunidades, fazendo as transformações e cuidando das pessoas no Parlamento. Venho de família humilde e acredito na política como instrumento de transformação da vida das pessoas. Quando tive oportunidade, sempre contribui para o desenvolvimento das nossas comunidades e assim quero continuar. Defendendo uma caminhada coletiva, em busca da construção de um estado mais justo, com menor carga tributária e melhores serviços. Precisamos combater as desigualdades gerando oportunidades, construindo política pública que enfrente os problemas sociais.

Se Leite deixar o tucanato, aqui apenas Pozzobom pode segui-lo

Desde o início de fevereiro, circula a informação do convite de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, que estaria mexendo com a cabeça de Eduardo Leite. Ele deixaria o PSDB no rumo pessedista. Diga-se, a hipótese já foi considerada mais improvável, pelos analistas. Hoje, há quem diga ter sido o governador gaúcho mordido pela mosca azul.

Trata-se, aqui, de tratar das consequências de uma mudança partidária do titular do Piratini. Quem o acompanharia, por exemplo? Eleito em pleito majoritário, como todos nessa condição, pode trocar de partido a qualquer tempo, sem perda de mandato. Porém, para concorrer à Presidência, terá de renunciar até 2 de abril. Com ele pode ir, se desejar, também o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior.

O noticiário dá conta que os deputados federais Lucas Redecker e Daniel Trzeciak, avaliam a possibilidade e, em princípio, seguiriam Eduardo Leite. Diga-se: eles também podem, sem correr o risco de perda de mandato. Se aproveitariam da chamada "janela partidária eleitoral", entre 2 e março e 1º de abril.

É o chamado, como o leitor desse espaço já se acostumou a ler, "mês da traição". Que beneficia deputados federais exatamente um ano antes do pleito nacional e vereadores, com a mesma antecedência nas eleições municipais.

É este o momento em que a história chega à comuna. E em Santa Maria, quem poderá acompanhar Eduardo Leite, se este for, meeesmo? Somente o prefeito Jorge Pozzobom. É o único santa-mariense no cargo ao vencer eleição majoritária. Não perderia o mandato, se assim decidisse.

Mas, atenção, iria sozinho. Os vereadores Admar Pozzobom, Givago Ribeiro e Juliano Soares (hoje no Executivo) e a suplente em exercício Lorena Santos, se deixarem o PSDB (e não forem para o União Brasil, recém-criado), terão imediatamente pedidos seus mandatos. E o perderão. Irremediavelmente.

A pergunta: Pozzobom seguiria Leite sozinho? Tchan-tchan-tchan-tchan!

Três exemplos de prejuízo. E até quando a vitória será dos hackers?

Na última terça-feira, sites de serviço público do Governo do Estado não funcionaram. A explicação: hackers invadiram o sistema e o "picharam", segundo se disse, obrigando as autoridades a tirarem as páginas do ar para uma "limpeza" (numa tradução livre claudemiriana).

Para se ter uma ideia do estrago, durante o dia inteiro foi impossível acessar as páginas do próprio Palácio Piratini, da Secretaria de Segurança Pública, do Detran e da Procergs, além da pasta da Saúde. Todos esses sites têm espaço para a prestação de serviços, interrompida ao longo da terça-feira.

De outra parte, já faz quase dois meses que os sites vinculados ao portal do Ministério da Saúde simplesmente não funcionam a pleno, pela ação de "invasores". Há, inclusive, dificuldades na recuperação e até na alimentação de dados desta pasta vital do governo federal.

Aliás, faz quase 10 meses que celerados virtuais provocaram danos ao sistema do Judiciário gaúcho. Repercussões são sentidas até hoje, segundo operadores do Direito.

Duas perguntas se impõem: (a) até quando bandidos online criarão esses problemas pra lá de sérios e (b) por que, até o momento, não se tem notícia alguma de identificação dos criminosos, quanto mais de sua punição?

LUNETA

ESQUERDA

Decisão do TSE garantiu mais tempo para a articulação das Federações Partidárias. A mais adiantada, mesmo com dificuldades, é a de Esquerda, que une PT, PSB, PC do B e PV. Decisão será nacional e aos municípios caberá seguir. Mas, se dependesse só de Santa Maria, o agrupamento dificilmente sairia. Menos pelo PT (mas também por ele) e mais por PSB. PC do B não se opõe e PV é, aqui, numericamente irrelevante.

PRIORIDADE

Que se diga: em 10 dias na presidência da Assembleia Legislativa, o santa-mariense Valdeci Oliveira tem cumprido o que prometeu desde antes da posse. A prioridade inicial tem sido mesmo o enfrentamento da estiagem e é o motivo principal da maior parte das reuniões já feitas, inclusive a da Mesa Diretora, que definiu a criação de uma comissão especial para encaminhar debate sobre o tema.

NOVA CASA

Oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral, o União Brasil (com o desaparecimento dos seus "pais", DEM e PSL), agora é ver quem aderirá em Santa Maria ao novo partido. Os demistas, já se sabe, irão em massa ao PL, a opção feita por Jair Bolsonaro. Todos os graúdos vão para a sigla, a começar pelo vereador Manoel Badke e os secretários Rodrigo Menna Barreto, Marco Mascarenhas e Ewerton Falk.

NOVA CASA II

Também não ficarão no União Brasil os principais nomes do PSL. O vereador Tony Oliveira já definiu a nova morada política: o Podemos. Onde está filiada, aliás, parte de sua assessoria. A dúvida é em relação a Rodrigo Decimo. Sim, ele é do PSL. Até porque Oliveira está na oposição municipal, o vice-prefeito evitará o Podemos. Aposta mais tranquila é sua adesão ao PSDB, do prefeito Jorge Pozzobom.

PARA FECHAR!

Tá, e se a maioria do DEM vai ao PL e a maior parte do PSL irá virar Podemos, quem fica no União Brasil, a união dos dois partidos defuntos? Pelo menos uma liderança, se não mudar de ideia, organizará a nova agremiação. No caso, o presidente pesselista (e ex-candidato a prefeito em 2020, pelo Republicanos, e em 2016, via Solidariedade) Jader Maretoli. Quem vai acompanhá-lo? Logo se saberá.

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